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Prevenção contra a Covid 19

Atualizado: 24 de set. de 2021

Atuantes na linha de frente da Covid-19, eles alertam para a continuidade de cuidados e adesão da sociedade às vacinas como um pacto coletivo pela saúde


Com a vacinação dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19, professores e professoras do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL) que atuam em hospitais e unidades de saúde do Estado receberam a primeira dose da tão aguardada vacina contra o coronavírus. Mesmo diante desta ‘luz no fim do túnel’, eles alertam que não é hora de relaxar nos cuidados com higienização e máscaras.


Carol Calles, coordenadora do curso de Medicina da Unit/AL e fisioterapeuta intensivista no Hospital da Mulher, em Maceió, onde atua na montagem dos protocolos do atendimento e assistência ventilatória dos pacientes com Covid-19, lembra que esta é apenas a primeira etapa da campanha de vacinação, em um momento em que o vírus segue se espalhando e fazendo vítimas fatais.


“É muito importante, como profissional de saúde, orientar e pedir a colaboração da sociedade em geral para que as pessoas mantenham o distanciamento social e usem as medidas protetivas, como o uso de máscaras e higienização das mãos. Este é o início de uma esperança por dias melhores, gerado através da Ciência e do avanço de tecnologias nos insumos de imunização da população”, relata.


Conforme previsão da Organização Mundial de Saúde (OMS), para que haja a controle da transmissão do coronavírus, estima-se que é preciso imunizar entre 65% e 70% da população mundial. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a imunização irá ocorrer em quatro etapas, com duas doses por pessoa, durante todo o ano de 2021. Alagoas e os outros estados do país acabam de iniciar a primeira fase, com a vacinação de profissionais da saúde, idosos abrigados, pessoas com comorbidades e indígenas.


Uma etapa da maratona


Um filme passou pela cabeça de Lays Nogueira Miranda, professora do curso de Enfermagem da Unit/AL e enfermeira no Hospital Escola Dr. Helvio Auto, enquanto ela ia ao trabalho receber sua primeira dose da Coronavac.


“Recordei de todas as lutas que travamos na saúde pública desde janeiro de 2020 para o combate da pandemia sem conseguir vislumbrar, até aquele momento, um fim para esse período difícil que estamos atravessando. Receber a vacina foi ter a certeza de que essa fase vai passar, que agora é uma questão de tempo”.


Mas comemorar não quer dizer deixar de se cuidar, alerta Lays. "Apenas uma pequena parcela da população foi vacinada. Mesmo os que se vacinaram precisam continuar utilizando máscara, higienizar as mãos constantemente, evitar aglomerações e todas as outras recomendações que estamos seguindo desde o início da pandemia”. O alerta é necessário pois a vacina não significa uma ‘cura’ para a Covid-19 e, sim, mais uma ferramenta na prevenção e para evitar o contágio, induzindo a criação de anticorpos por parte do sistema imunológico.


Pacto social coletivo


Em relação a algumas pessoas ainda resistentes a se deixarem vacinar, a professora Lays Nogueira lembra que o mundo esperou ansiosamente por esse momento e que, quando se começa a ver a linha de chegada de uma longa corrida, não faz sentido se recusar a dar o próximo passo.


“Pesquisadores do mundo inteiro dedicaram dias e noites para alcançarmos essa vitória. É preciso que toda a população se comprometa a comparecer aos postos de vacinação quando chegar o seu momento. Vacinação precisa ser um pacto coletivo, uma vez que basta um não vacinado para transmitir a doença para outra pessoa em situação de vulnerabilidade”, reforça Lays.


Os apelos por colaboração não vêm apenas do ponto de vista profissional, mas de experiências pessoais. “Além de ser fisioterapeuta, meu esposo, que é médico intensivista da linha de frente, foi acometido pela Covid-19 e ficou gravemente doente. Ele ficou uma semana intubado em ventilação mecânica, foi pronado e quando saiu da UTI ficou mais 20 dias no hospital”, lembra Carol Calles.


Segundo a OMS, as vacinas são essenciais para o combate de doenças fatais e impedem, por ano, a morte de cerca de 2 a 5 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) foi criado em 1973 e tornou-se referência internacional de políticas públicas de saúde, com campanhas massivas de vacinação. Chegou, inclusive, a ser premiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pelo alcance das coberturas de vacinação e pela erradicação da pólio, além de ter reduzido os casos e as mortes derivadas de sarampo, rubéola, tétano, difteria e coqueluche.

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