A hipersensibilidade à luz é um desconforto visual que pode ser neutralizado com medidas simples após investigação das causas
Por João Paulo Macena e Mariana Lima - Algo Mais Consultoria e Assessoria
Com o início da primavera nesta terça-feira (22), a incidência de luz solar aumenta e, com isso, algumas pessoas apresentam ainda mais desconforto na visão, dificuldade em manter os olhos abertos e até dores de cabeça. Elas podem se enquadrar no diagnóstico de fotofobia ou hipersensibilidade à luz e não saber, impedindo que possam desfrutar de uma melhor qualidade de vida. Mas como identificar os sinais?
A fotofobia não é exatamente uma doença, mas um desconforto visual que acomete pessoas que não reagem bem ou não conseguem manter os olhos devidamente abertos quando expostos à luminosidade – inclusive a artificial – intensa ou regular, explicou a oftalmologista Marina Ribeiro, professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL).
Segundo ela, entre seus sintomas mais comuns estão ardência, desconforto ou incômodo quando o paciente está exposto ao sol, à luz artificial ou telas.
A oftalmologista destacou que o desconforto pode ser causado por falta de pigmento na íris ou na retina, comum entre pessoas com olhos claros e albinismo, por exemplo; por alguma alteração ocular, como conjuntivite, olho seco, blefarite, uveíte, ceratite ou qualquer inflamação ocular; e ainda por erros de refração, como o astigmatismo.
“A fotofobia também pode ter causa neurológica, como a enxaqueca ou outras doenças mais graves, como casos de inflamações nos olhos. Nesses casos, a sensibilidade à luz é um sintoma de algo maior ou o gatilho que provoca a enxaqueca, condições que devem ser acompanhadas e investigadas com médicos especializados”, esclareceu.
Marina Ribeiro afirma que a fotofobia não gera danos aos olhos, mas é preciso tratar a causa. “Não podemos esquecer que qualquer radiação ultravioleta, dependendo da frequência e intensidade, pode gerar lesões nas estruturas oculares como retina e córnea”, frisou.
Tratamento
Segundo a oftalmologista, a fotofobia que não resulta de outras condições não tem um tratamento específico. Nesses casos, o paciente é orientado a adotar estratégias que minimizem o desconforto. “Conviver com a fotofobia é possível com a proteção de óculos escuros, descansos de telas e filtros blue blocker para os computadores”, aconselhou.
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